
“Atitude merecida”
A Toyota tem uma das gamas mais vastas e polivalentes do mercado, cobrindo o de passageiros com propostas como o irreverente Aygo ou Yaris, passando por executivos como Avensis ou as pick-up Hilux. É também a marca com mais vendas no que toca a automóveis eléctricos. Na Europa já foram comercializadas mais de 1,5 milhões de unidades com este sistema propulsor, quase 10 milhões no mundo inteiro.
O automóvel que nos foi apresentado na semana passada é o 7º elemento da gama Híbrida da Toyota, mas revela-se mais do que isso. O Toyota C-HR (Coupé- High Rider) prepara-se para entrar nos crossover de segmento C, que é neste momento a área de mercado que mais “ferve” em termos de vendas, com os crossover a terem uma fatia de 33% no segmento dos pequenos familiares.
Mas se espera que o Toyota C-HR seja alguma proposta “sem sal” ou um automóvel meramente racional e feito para a família, está enganado, já que este apela também à parte emocional do cliente, tanto que a Toyota até lhe deu nome: Valentino.
Para a marca Japonesa, Valentino é um indivíduo na casa dos trinta, que não tem filhos, gosta de um estilo de vida activo e está sempre a par das últimas tendências. Um cosmopolita, portanto…
Por isso, a nossa rota passou por umas voltas na cidade com a motorização que “absorverá” 90% das vendas deste modelo. Da motorização híbrida, o Toyota C-HR gera emissões de CO2 de apenas 86 g/km – valor sem rivais no seu segmento – e regista um consumo médio de combustível de apenas 3,8 l/100 km.
Sendo capaz de gerar 122 cv, esta nova motorização híbrida não só é mais eficiente e mais leve do que a que vem substituir, como também oferece um desempenho mais rápido. As profundas alterações feitas no motor resultaram numa eficiência térmica de 40% – um resultado que constitui um record mundial numa unidade propulsora a gasolina.
O Toyota C-HR está igualmente equipado com o novo motor de 1.2 turbo, estreado no Auris. Com 116 cv e 185 Nm de binário, esta unidade está conectada a uma caixa manual de 6 velocidades e gera emissões de CO2 a começar nas 135 g/km, alcançando um consumo misto de 5,9 l/100 km.
O design do C-HR foi inspirado sob o conceito “Sensual Speed-Cross”, que tem como influência uma pedra preciosa: o diamante. Devido a isso, o novo Toyota apresenta uma imagem bastante elegante, mas que ao mesmo tempo transmite força e robustez.
Na dianteira, muito expressiva, é notória a imagem de marca da Toyota, com a grelha superior esguia que se funde com os grupos ópticos, que envolvem os cantos do C-HR.
A imagem lateral é bastante inovadora, conseguindo uma imagem de coupé através da sua imagem esguia, do tejadilho descendente e das pegas das portas traseiras dissimuladas. Em algumas versões, o Toyota C-HR pode ainda contar com um tejadilho em preto, dando um efeito “flutuante”.
A traseira afilada é rematada pelos farolins, equipados com tecnologia LED, que permite o reconhecimento do modelo em longas distâncias. O spoiler traseiro dá-lhe uma desportividade extra.
No interior, a surpresa continua. O padrão diamante é aqui mais visível, seja nos bancos, na textura das portas e tejadilho, ou mesmo nas grelhas dos altifalantes. A qualidade está um nível acima das outras propostas da gama, com um design moderno e orientado para o condutor. O tablier tem a já conhecida montagem irrepreensível da marca, agora associada a materiais agradáveis ao toque.
De destacar a faixa decorativa no tablier, que surge nas pegas interiores das portas e que passa por cima do ecrã de 8’’ do sistema de navegação Toyota Multimedia, detalhe que dá um toque extra de modernidade.
Existe ainda o cuidado com o conforto, seja nos confortáveis bancos, que dão um bom apoio, ou na boa posição de condução.
O espaço interior é suficiente, na dianteira não existem problemas, apenas na traseira o espaço em altura é algo limitado, devido ao design exterior. Por outro lado a bagageira de 377l revela um bom valor, tal como os espaços de arrumação.
O cuidado com a segurança é um factor já decisivo na compra de um automóvel, por isso a Toyota não poupou esforços no novo C-HR. Este modelo inclui, em algumas versões, os mais recentes sistemas de segurança ativa: o sistema de pré-colisão (PCS), Cruise Control Adaptativo (ACC), Aviso de saída de faixa de rodagem (LDA) e Luzes dos Máximos Automáticas (AHB), disponível a partir da versão base, Active. A partir do nível seguinte, Comfort, o Toyota Safety Sense adiciona ainda o sistema de Reconhecimento de sinais de trânsito (RSA).
Dinamicamente, o Toyota C-HR deixou boas impressões, embora o trajecto fosse meramente citadino. Conseguimos ver os melhoramentos do uso da nova plataforma TGNA, na capacidade em curva, devido ao centro de gravidade mais baixo. O conforto é assegurado por um conjunto suspensão/amortecedor que filtra bem as irregularidades do piso. O sistema híbrido também esteve bastante bem neste primeiro contacto, já que conseguiu um consumo abaixo dos cinco litros aos cem, em circuito meramente citadino, a demostrar mais uma vez as suas vantagens neste território.
No que toca aos preços, esses dividem-se em duas motorizações e cinco níveis de equipamento. Existem ainda 8 cores, com a possibilidade de quatro contarem com o tecto em preto Night Sky.
Preços Toyota C-HR para Portugal:
Motor | Versão | PVP recomendado (€) |
1.2T | Active | 23.650 € |
Comfort | 26.050 € | |
Comfort + Pack Style | 27.550 € | |
1.8 HSD | Comfort | 28.350 € |
Comfort + Pack Style | 29.850 € | |
Exclusive | 31.350 € | |
Exclusive + Pack Luxury | 33.350€ |