
“Um importante passo”
A Citroën atravessa uma altura de crescimento, que se traduziu em 30% nos últimos 6 anos, um dos maiores que a industria automóvel nos apresenta. Assim, a marca juntou esse bom momento com o início da sua aventura elétrica, onde apresentou este ano várias propostas, que vão desde o Ë-Jumpy que pode transportar até 9 passageiros, até ao pequeno Ami One que deverá aparecer nas grandes cidades europeias como uma nova solução de mobilidade.
À marca francesa só lhe faltava uma proposta no segmento C, uma área em que escreveu muitas historias e de elevado sucesso. Assim, apresenta a terceira geração do C4, um modelo que aproveita a “onda” dos SUV, e que se mistura com o estilo Coupé. Um desenho disruptivo, “verdadeiramente Citroën” como descreveu Pierre Leclerq, diretor de design da marca.
Com 4,36m (mais 10cm do que um Peugeot 308) o modelo expressa as suas linhas radicais por uma frente que apresenta uma nova imagem para a marca, com o Double Chevron a dar origem aos grupos óticos, que continuam em “dois pisos”. Na lateral, é o local onde é mais fácil entender a inspiração coupé, sem um exagero de linhas, onde o designer preferiu um jogo de “luz e sombras” para criar uma imagem musculada. As jantes são todas inspiradas pelo “vento”, ou seja, este modelo foi feito a pensar na menor resistência aerodinâmica possível.
A secção traseira é aquela que suscita mais interesse, como uma curiosa assinatura luminosa, assim como um spoiler incorporado na tampa da mala e que lhe garante a tal eficiência aerodinâmica que a marca se orgulha de ter conseguido.
Passando para o interior, é uma verdadeira evolução no estilo.
O modelo apresenta um habitáculo espaçoso, luminoso e com um novo design. O tablier apresenta uma textura própria e elementos típicos para a marca, como os que nos habituamos a ver no C4 Cactus ou o C5 Aircross.
Com um painel de instrumentos digital e um ecrã multimédia de 10’’, o interior deu um “salto tecnológico”, o que também é provado pelos 20 sistemas de ajuda à condução, onde se destaca o Highway Assist, que permite a este novo Citroen C4 conseguir o nível 2 de Condução autónoma.
Importante ainda referir dois pontos no interior: teclas dedicadas para o sistema de climatização, assim como o Smart Pad Support, um sistema que permite ao “co-piloto” utilizar o seu smartphone ou tablet de forma mais confortável e segura, com um suporte dedicado no tablier.
O espaço a bordo, assim como o conforto foram também primordiais. Segundo a marca é o modelo com mais espaço para as pernas no seu segmento (198mm), assim como um dos mais confortáveis, devido à suspensão com batente duplo progressivo e graças aos assentos desenvolvidos com o máximo conforto em mente. A bagageira é de 380L de capacidade.
No que toca a motores, a liberdade é praticamente ilimitada.
Isto porque o Citroën C4 existe também numa variante ë-C4, 100% elétrica.
Começando por aí, esta inédita variante conta com um motor de 100kW, ou seja, 136cv e uma autonomia de 350km, segundo o ciclo WLTP, graças a uma bateria de 50kWh. Este, permite ainda o carregamento rápido de 100km em apenas 10 minutos. No capitulo estético destaca-se por jantes exclusivas, assim como o para-choques traseiro, que não conta obviamente com tubo de escape.
No que toca a propulsores a combustão, são dois, com cinco níveis de potência. O PureTech a gasolina de 100cv exclusivamente com transmissão manual, enquanto a variante de 130cv pode contar igualmente com a transmissão automática de oito relações. O Citroën C4 mais potente na altura do lançamento é o 1.2 PureTech de 155cv, somente disponível em conjunto com a EAT8.
No campo do diesel, dois motores, um equipado com transmissão manual de seis velocidades, o 1.5 BlueHDi de 110cv, e o 1.5 BlueHDi de 130 com transmissão automática de oito relações.
Quanto a preços, esses ainda não são conhecidos, mas o modelo poderá ser encomendado nos concessionários da marca já depois do verão, enquanto a sua chegada está prevista para o final do ano de 2020.