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Teste: Mitsubishi ASX 1.3 DI-T 160cv 7SST

Teste: Mitsubishi ASX 1.3 DI-T 160cv 7SST
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“Para quem quer mais”

 

Já por aqui falámos da renovação da gama ASX da Mitsubishi, assim como da razão da existência destes produtos partilhados da Aliança, que a marca japonesa agora pertence. Hoje, a tarefa é de testar a variante mais potente do ASX, equipada com um motor 1.3l turbo com 160cv.

Em teste na versão Shogun, a mais equipada e a única disponível para esta motorização.

No exterior as mudanças são mais evidentes na dianteira, com o Dynamic Shield a estar agora mais presente, afastando-se do Captur, modelo no qual o ASX se baseou e que foi igualmente alvo de um recente restyling. Esta imagem, com mais “Mitsubishi-ness” confere ao modelo uma personalidade mais própria, ainda que essa esteja verdadeiramente reservada para os próximos lançamentos.

Para além dos renovados grupos óticos e para-choques dianteiro, encontramos as estas jantes de 17’’ polegadas exclusivas do modelo, que são de série nesta versão mais equipada. Em termos de cores contamos com uma pintura bicolor, que possibilita uma maior capacidade de personalização.

De resto, nada mais foi alterado, com a traseira a permanecer idêntica, tendo como evidência o nome da marca japonesa em destaque no portão traseiro.

Passando para o interior, as diferenças desta renovação são mais notórias. Para começar contamos com um novo ecrã digital para o painel de instrumentos, que é possível de configurar e conta com uma fácil leitura. Depois, ao centro, encontramos o novo sistema multimédia, que para além de ter maiores dimensões, conta com um renovado software, mais rápido e intuitivo de operar. Nesta versão de 160cv (existe outra de 140cv), o ASX equipa com transmissão de dupla-embraiagem, que demostra igualmente um novo seletor, que possibilita mais espaços de arrumação no habitáculo, onde encontramos um vasto equipamento de série, onde não falta abertura e arranque mãos livres, carregamento de smartphone por indução, ar condicionado automático, vidros escurecidos e uma vasta panóplia de ajudas à condução.

Em termos de espaço habitável, esta proposta está num bom patamar face à sua concorrência, com a possibilidade de o assento traseiro poder ser ajustado de forma a aumentar o espaço de carga, que pode variar entre os 326l e os 440l de capacidade, bons valores para um SUV de segmento B.



Ao volante

A gama ASX começa com um motor de 90cv graças à motorização “mil”, que será suficiente para muitos que façam da cidade a sua “casa” no que toca a percursos e não só. Mas, para quem quer mais performance, este 1.3 DI-T de 160cv é uma solução a ter em conta, mais do que se pode imaginar.

Primeiro, é o único propulsor da gama ASX que conta com “dois pedais”, portanto se for um apreciador de calma e tranquilidade ao volante, talvez tenha que ir nesta direção.

Depois, conforme comprovámos nos quilómetros que fizemos, esta proposta mais potente não é muito mais gastadora do que a versão de 90cv, tendo conseguido umas médias em redor dos 6 a 6,4l/100km, tendo em conta ainda que esta unidade veio para as nossas mãos com apenas 4km no odómetro e um cheiro a novo que nós tanto gostamos…

Para além disso, o seu andamento é francamente superior, não se mostrando nada “lento”, com os 160cv a animarem muito bem este ASX. Na ficha técnica, os 100km/h chegam em apenas 8,5 segundos, com uma velocidade máxima de 204km/h. Valores que devem ser respeitados.



A transmissão SST, de sete velocidades, funciona corretamente na maioria das situações, sendo uma boa aliada em condução citadina. No entanto, quando o ritmo aumenta acaba por sair do seu “habitat” favorito e hesita um pouco nas alturas de passagem. Ainda assim, conta com patilhas de seleção atrás do volante, para que o condutor fique sob controlo.

A terceira razão de optar por esta variante pode ser justificada pelo preço, que tal como a versão de entrada, este ASX mais “aspiracional” acaba por ser competitivo face ao equipamento e potência que oferece.

O seu “preço de tabela” de 30.600€ reduz para os 29.108€ em campanha de pronto pagamento, ou mesmo para os 27.858€ caso se opte por financiamento.

Em conclusão, o ASX ganhou uma “nova face”, assim como mais equipamento e tecnologia. Ainda não é um produto “verdadeiramente Mitsubishi”, mas é uma solução válida que está a garantir (tal como o Colt) importantes números de venda para a marca nipónica no mercado europeu. Este produto tem qualidades já conhecidas, com esta versão de 160cv a garantir uma performance extra, aliando-se a um bom equipamento de série e um generoso espaço interior.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!